AFRICAN SPEARFISHING DIARIES - VOLUME 3

AFRICAN SPEARFISHING DIARIES - VOLUME 3
Comming soon...

Marbled Coralgrouper, world record submit story: (As told to Larry Carter)



"It was a perfect winter morning, perfect the enough to head up North for a visit at the reef system where I caught the Spangled Emperor record, there were plenty of excellent sized fish last time we where there so we decided to Fungwana.

After a long two hour trip we arrive…first drifts, Emiliano bags a nice Spanish Mackerel, Fenias lands a GT and I spot some nice Grouper at the base of the pinnacle…the next drift instead of staying mid-water for pelagic I decide to go all the way down…

…drifting through the sand , I reach the base of the reef and I stop…a merry go round of Surgeons, Unicorns and some Parrotfish surround me curious about the strange visitor, which led me to think that this reef is not much visited by spearfisherman…after a few seconds and behind this cloud of colours and life, a larger brown shape appears approaching gently…as it stops the approach I level my gun and aim…slowly I short the distance with my left hand just the enough to land a perfect kill shot to the head!!!

Back in the surface I retrieve the fish and I notice the size of this Coral Grouper, definitely a personal best and maybe a world record…

At the end of the day we headed to Sabor a Mar fishmonger’s, for it’s the only establishment we know with certified scales…it tipped 8,395 Kg on the digital scale…later back home I could see that the record is in 5,8 Kg so I started the process to apply for the record…"

Dia de cão...

Para mim foi mais que um trofeu...

...foi uma conquista!!!

Persigo estes animais há mais de tres anos...desde triangular aparecimentos esporadicos, capturas á cana, conversas com caçadores, pescadores, muitas milhas a verificar coordenadas, muitas horas a observar dados, temperatura da agua, correntes, pressao atmosferica...muitos tiros falhados, alguns arpoes perdidos...enfim...

...foram tres anos...ao que parece valeram ontem finalmente a pena...eram mais de 20 no mesmo sitio...perdi um bem maior que eu...rasgou-se ao fim de 20 minutos de luta...falhei outro por nervosismo...mas sempre trouxe algum para recordar...

Embora modesto para mim tem um sabor especial, pois estes animais sao residentes e assim que as condiçoes ideais se repetirem sei que nos vamos encontrar de novo...


Momentos no Azul...

Flutuo sem esforço, ondulando ao sabor de uma Nortada que me embala deixando para trás memorias e pensamentos da vida quotidiana, sempre numa correia sem fim e por vezes sem proposito...aqui sou apenas eu e a imensidão do mar...acalmo-me ventilando, sem pressas viajando na corrente quente das Agulhas vinda de terras de Madagascar e de ilhas de sonho ao longo do canal de Moçambique...

Estou a mais de 70 milhas de costa e aguardo pacientemente o momento certo para descer...como que num piscar de olhos, o azul á pouco desprovido de vida, tal tela aguardando a arte de um pintor, muda para um quadro de cores e movimentos, anunciando o momento esperado...sao os Fragateiros que picam incessantemente a bola de peixe, ou um ou outro Albatroz com o seu porte imponente, juntando-se á algazarra...cheguei á bola...chegou o momento...

...uma barbatana sobe, enquanto o corpo se arqueia e a arma se lhe junta...inicio a descida...la em baixo, a cerca de 14 metros, o flasher marca a zona para onde me dirijo e conforme se aproxima vou abrandando e nivelando o corpo...páro, verifico a posiçao do floatline certificando-me que nao esta encostado a mim e verifico as redondezas...um pouco por baixo um Bronze Whaler vem verificar o novo vizinho, dá uma volta e regressa ao fundo desaparecendo tao misteriosamente como apareceu...ouve-se um estrondo...a bola comprime-se...fecha-se e sobe em unissono, cada pequeno peixe procura segurança no proximo, rodando e rodopiando sempre para o meio daquela carrosel de vida...olho de novo á volta e vejo o motivo de tanto alvoroço...vejo pelo menos tres...o maior afunda quase que imediatamente e eu com ele...primeiro numa corrida tipica do primeiro encontro que vou freando conforme a profundidade aumenta e a distancia ao peixe diminui...procuro colocar-me nas suas costas pois sei que assim que o fizer ele vai virar de imediato para verificar a minha posiçao...dito e feito...aponto calmamente, afastando o floatline com a mao esquerda...primo o gatilho e no final de um tiro longo surge um brilho que desaparece como um relampago numa noite de tempestade...o floatline corre, o relogio marca 26 metros...é altura de subir...atinjo a superficie com calma, enquanto passo a arma para o ombro esquerdo pelos elasticos, segurando-me ao bungie já quase na boia...deixo correr até se cansar e inicio a recuperaçao...nadando sempre para o lado de fora do cabo, deixando o correr para tras de mim...metro a metro...braço a braço o peixe vai tomando forma no fim da dyneema que já se vê...mergulho mantendo a tensao, uma mao corre o arpao e a outra agarra a cauda...dá-se o tremer tipico de um ultimo suspiro terminando quando lhe consigo agarrar o operculo e passar a mao pelas guelras...

Chamo o barco e enquanto espero contemplo o momento que me trouxe aqui, saboreando segundo a segundo este local longinquo e cada emoçao que me faz sentir...dando vida ao meu imaginário dia apos dia e lembrando-me o motivo pelo qual a caça faz parte de mim...

Caçadas "Standart"...

Não sei se por saudades de Portugal ou apenas para variar, nas ultimas caçadas resolvi optar por usar mais a 90 e fazer uns tiros "á lá Lusitana"...

...ora ao buraco ou á espera aqui fica a prova que com armas mais modestas também se fazem uns peixinhos no Indico:

Caçada de Marrecos, um tipo de Sargo em tons de Pargo que proporciona lances engraçados.



Enchadas, um peixe calmo mas que por vezes "finta" deixando-nos a pensar porque falhamos o tiro.




O Boca Negra é um trofeu e tanto!!! A seguir ao Red Snapper e ao Luciano está sem duvida entre os peixes mais inteligentes das nossas paragens. São muito desconfiados, não permitem qualquer aproximação, na caída afundam logo e para entrarem nas esperas são um pesadelo.
Têm uma particularidade...entocam!!! Estes para quem gosta de peixe dificil em buracos tortuosos são um verdadeiro desafio!
Aqui ficam tres tirados a 16 metros após muita volta dada!





Por fim não poderia deixar de parte um bom serranideo entocado, talvez saudades dos Meros...




E assim se vai matando saudades...

Tempestade, tubarões, golfinhos...cavalos, mulheres nuas e anões...

Aproveitando a maré mais calma dos ultimos tempos apostamos em sair e caçar um pouco ao fundo para "desenferrujar" o pulmão pois o Verão está á porta e as caçadas mais fundas estão quase aí...

Saimos cedo e com muita vontade quando de repente a cerca de 20 milhas de costa estamos no meio de uma tempestade tropical...uma experiencia e tanto, chuva com fartura, vento a 40 km por hora, agua por todo o lado dentro do barco, enfim...já nao é a primeira mas esta foi talvez a mais forte...

Foi esperar que a coisa "amaina-se" e prosseguir com a faina, decidimos ficar mais dentro pois nao sabia-mos se a "coisa" ia pegar de novo e sem a protecçao da Inhaca a Sulada forte lá fora seria assunto sério de certeza!!!

Bem, a juntar-se-lhe está o Upwelling tipico desta altura do ano, que nos brinda com visibilidades Lusas na casa dos 3 metros e pouco mais...

Fora isto e como variavel terminal a juntar a esta equaçao de coisinhas boas qualcereja no topo do bolo, este Verao avisinha-se como uma coisa por demais em termos de esqualos!!! A zona Sul está pura e simplesmente carregada de tubaroes, como nunca vimos em 3 anos...

Caçar foi um misto de tourada, com algumas pegas de cernelha, uma ou outra mao de bandarilhas e um buffet servido com toque de requinte aos meninos de maior porte para apaziguar a alma (e o estomago...lol) dos mais nervosos...

Basicamente a acçao desenrolou-se entre a torre e os ferros do Cockburn, o tal farol afundado e teve como protagonista principal um Zambezi tamanho "autocarro" que volta e meia lá limpava um peixinho ou outro para nos aliviar da carga...

Ainda se fizeram uns peixes, sempre em dupla, um no fundo outro por cima a controlar e após o tiro, neste cenario obrigatoriamente mortal, o companheiro afundava para afastar os amigos do alheio...de referir um simpatico golfinho que sorridentemente me limpou uma Enchada do arpão rodando-a gentilmente fechando a barbela em grande estilo...e ainda deu uma voltinha á minha frente com ela na boca em jeito de "obrigadinho pelo petisco tá?!?"...

Aqui ficam as peças do dia que mesmo assim nao deixou de ser um bom treino e bastante divertido:












Só faltaram mesmo os cavalos, as mulheres nuas e os anões...

Um dia é da caça...o outro do caçador!




Mais uma daquelas caçadas decididas "á ultima da hora", onde um sol agradavél, bastante calor e uma tregua por parte do vento ajudaram a dissipar qualquer falta de vontade...

...desta vez convidamos o Gilberto e o Gonçalo para o passeio...o Jeito não estava disponivel e acabou por ser o Ferdinando com a sua boa disposiçao o nosso Skipper do dia...

O barco desceu a rampa já tarde, por volta do meio dia e como tal a saida seria curta, uma passagem nas boias do canal sul, umas derivas no Cockburn e talvez uma espera ou outra no Baixo Ribeiro..

Caçar nesta altura do ano é como apostar na Loteria pois a agua ainda está fria e há pouca vida, mas no entanto e com alguma sorte conseguem-se uns bons trofeus pois é agora que os primeiros peixes de Verão regressam das suas migraçoes, sendo os exemplares de maior porte os primeiros a surgir...
A visibilidade também não ajuda pois este o proximo mês sao caracterisados por uma agua esverdeada com muita suspensão signonimo de "upwelling"!

Navegando até á primeira boia parámos para ver algumas baleias que passeavam por ali e um ou outro golfinho...

Primeira deriva na Boia 1 Sul e consigo capturar uma Cóbia que após um "embrulhão" dos elásticos com a dyneema do carreto ainda deu alguma luta pois perder a arma estava fora de questão...algumas imersoes depois o Emi captura um Vermelhão Imperador numa caida a 19 metros e rumamos á Boia 2...




Mal entramos surgem os Dourados, prenuncio da chegada de aguas quentes...insisto em disparar sem afundar e rasgo o meu exemplar...o Emi nao desaponta e embarca uma boa femea com um tiro certeiro...varias derivas depois e mesmo com o recurso ao flasher teimavam em nao entrar, pois estava um peixe ferido no cardume..."mea culpa"...

Mudança de ponto e desta feita apostámos no cabeço do Cockburn...que tanto nas derivas como ao fundo parecia desprovido de vida...
Enquanto o Emi guardava uma das entradas resolvi entrar para inspeccionar...assim que espreito dou de caras com um Ignobilis...afundo com calma posicionando-me, pois sei que nao fugirá do outro lado voltando de novo apos ver o Emi...qual é o meu espanto quando aponto e vejo o Xareu subir de uma forma pouco usual...quase vertical...ao sair de novo reparo que o Emi desferiu um tiro certeiro de cima e estava a puxa-lo já inerte...fiquei algo chateado mas sendo um "personal best" para ele e tirado na perfeiçao nao pude deixar de ficar contente!!!



Tempo para uma pequena pausa a bordo...um sumo e uma maça e estamos de novo na água, agora nos ferros do Cockburn a cerca de meia milha para Sul da torre....
Nestas paragens, água verde e falta de visibilidade é sinonimo de predadores...daqueles que procuramos...e daqueles que nos procuram...aqui em especial, os encontros são "quentes" e a competição pelas presas renhida chegando mesmo a vias de facto recordando-me da ultima vez que cá estivemos e o Emi foi atacado declaradamente por um Grey Reef bem grande e muito mal disposto...
Ambos na agua, desço primeiro passando por algumas Enchadas enormes, camuflado pelos ferros e chaparias enquanto tento uma aproximaçao a um Ignobilis que vagava um pouco por fora...o Emi desce e o Iggy foge...no entanto um cardume de Bicudas entra...aponto e disparo...corre de imediato para o peixe arpoado pois a Rosalina rondava...agarro a minha bicuda e reparo que o Emi lutava com uma dupla que foi vorazmente devorada pela garoupa gigante...passo o peixe ao Ferdinando que o embarca e corre a ajudar mas tarde demais...dois bons peixes e um arpao perdido!
Já refeitos da correria baixo mais uma vez...entre os ferros passa algo que nao consigo distinguir bem...viro-me e vejo um tubarão com os seus 2 metros e pouco...espero que passe controlando-o e subo sinalizando ao Emi a presença do nosso "amigo"...
Com o meu companheiro no fundo e quase fora de visao afundo um pouco para controlar de cima...volto a mergulhar e desta feita passou demasiado rente a mim, num sinal de hostilidade declarada, neste situação a ultima coisa a fazer é fugir pois declara-nos como inferiores e possiveis alvos...passei de novo por dentro dos ferros e assim que saí investiu de novo...como ultimo recurso vi-me obrigado a disparar...
Chamei pelo barco e ambos subimos a bordo...com o arpão bem cravado a unica hipotese foi trazer o animal para dentro pois mata-lo e desperdiçar assim uma vida nao é acto de um caçador que se prese...assim sendo uns 45 minutos depois e após umas quantas peripecias la se colocou o bicho no deck do Pompano...




O dia terminou com uns mergulhos no Baixo Ribeiro onde ainda capturei uma Corvina Real e um Serra pequeno...




Um obrigado ao Ferdinando pela sua prontidão e paciencia como timoneiro e o desejo de ter a bordo de novo a companhia do Alberto e do Gonçalo para mais uma aventura no Indico...

Monday at "The Office"

Em pleno horário de expediente...

...trabalhando "a fundo"...







...e foi assim mais um dia no escritório...

A rapidinha...

Segunda-Feira de manhã...passando na marginal em direcção á empresa lá ia eu picando o Emiliano...

"...já viste este sol?...nem sequer está vento...maré parada...ui...no Batelão devem estar lá uns Iggy's..."

Ao que o ilustre corresponde com um "...és um homem, ou és um rato?!?"...

...e pronto, um telefonema ao Jeito, uma passagem na empresa para orientar o dia e 13:30 barco na água!!!

Foi uma tarde de Inverno bem passada, sempre com boa disposição a bordo...a dupla não falhou e desta feita a Rosalina acabou por passar fome...

Divertimo-nos...treinaram-se umas apneias...afinou-se a pontaria e ainda se fizeram uns peixes...quase todos no "APAGÃO"
(No apagador em total perfeição...quietinho...não mexe!...lololol...)


Mais uma bandarilha de Bicudas...



Um Serrita para animar...



Outro para o Emi...



Um Xareu Cintilante para o Emi...



Outro para mim...



E um Pargo Amarelo para dar côr á caçada!



De regresso a casa ainda nos farta-mos de rir com o "APAGÃO", a versão á lá Emiliano do tiro no apagador...

Abraços a todos e boas imersões!!!

É Inverno...

Mais uma saída curta por entre um Sul forte e frio que castigava as águas, o barco e a alma...

...o peixe escasseia nesta altura do ano e cada presa é uma vitória nestas águas agora desprovidas do habitual carrossel de cores e vidas que o calor do Verão traz...

Uma presa aqui...outra ali, assim foi o nosso Domingo, marcado com um episodio de um polvo que "roubou" um papagaio ao Emiliano e obrigou a umas quantas apneias a 19 metros para o recuperar...o papagaio...e claro...o polvo também!!!

Dupla de bicudas com o mesmo tiro:



Ignobilis do "Batelão" com primeiro tiro meu e recuperado na perfeiçao com remate pelo Emiliano:



Uma belissima Dourada do Emiliano:



Um magnifico exemplar de Xareu Cintilante:



O famoso polvo:




...e assim vamos esperando a chegada do Verão...

Ultimas caçadas...

Por entre um frio estranho, uma pouco usual falta de visibilidade no Inverno, e um ouvido em mau estado devido a uma barotite, aqui ficam alguns peixes das ultimas caçadas pelo Sul de Moçambique...
















Abraços e boas caçadas!!!

River Snapper, world record submit story: (As told to LArry Carter)



"As the South wind stopped, and only a light Northern breeze could be felt, we invited Sergio Veiga to come with us for the idea was to head down South to Santa Maria and its pristine reefs…

Sergio is almost the father of spearfishing in the Southern area, now in his mid-fifty’s, he was the one who teached most of the younger generation of Mozambican spearos …professional hunter, writer, painter and spearfisherman, he is the one who best knows the Southern waters and so was our skipper for the day…

Passing Hell’s Gate, (St. Maria channel, it’s named like that because every year lots of boat capsize there), we turned South and after a few miles, Sergio stopped the boat and signaled us…it was time to dive…

The goal here where the River Snapper0s and huge parrotfish that dwell in this waters…Emiliano was the first to go down, and has he checked a small cave beneath us, I waited patiently.. .Emi caught a Tasselfish and told me it was full of them…I came down trough the other entrance and nailed another nice one too…after giving it to Sergio, I asked for the 90cm gun in order to get further into the cave…another dive for Emiliano, and another Tassel…my turn to go down…as I reach the entrance, I gently go in and head to the left corner, deep down I can see the head of a nice River Snapper…I aim and shoot…coming out releasing line from the reel with a firm grip, in order not to give an inch, otherwise it will take the spear throughout the whole cave, making the extraction a nightmare…
Emi dives to see what I’ve shot but to he’s surprise a Potato Bass grab´s the speared fish and tries to take it away…Emi pokes the “taxman” in the head and it runs away…cumming up he tells me that I have not one, but two snappers speared, a double on the same shot…we laugh for a while and after a couple of dives the fish were on board.



After this, Sergio took us to another area, and on the first dive, Emi spots a nice Rubberlip entering a small hole on the reef…he dives again to inspect and comes back saying it runned away…nevertheless I dive to inspect the cave as well, and in a small crevice on the corner isee the mid section of the body of a large River Snapper…I back down and leave the 130 gun on the entrance…at the surface Sergio gives the 90cm gun and its time for another dive…has I reach the other entrance, the Snapper runs and hides deep inside…it took me four dives to have it on sight…hiding behind a small rock inside, I wait for it to show his head, and fire a straight shot to the head…coming back up I can sense the fish struggling in the reel line…five more dives just to see where it was, and to realize it would not come out trough that entrance…the solution was to shoot it again trough the opposite entrance, but even so, I had to use the spear extractor on my knife to rotate the shaft in order to take it out…45 minutes after the first shot it was finally out…on board Emi said I had another record, but I wasn’t sure of the record weight for that specie…

Later when we arrived, Mr. Nelson was kind once again to open the fish shop and to attend the weighting, along with my wife and Ivan as witnesses. The measuring took place two days after, and the fish remains frozen as with the previous ones…

Safe diving to you all…"

Tremendo compañero!!!

O Benja, veio das Asturias animar o Indico com a sua boa disposiçao, excelente caracter e amizade...esteve connosco duas breves semanas e ja temos saudades dele...








Saludos campeon, eres un tio fenomenal, te sales como cazasub e como persona!!!
Aqui tendras siempre donde ficar e con quien pescar o hablar, nosotros yá te estrañamos!!!

Bejos a gueli e aguardamos tu regresso!!!

Spangled Emperor, world record submit story: (As told to Larry Carter)



After a quiet dive in the middle of the week, Saturday was a perfect day to visit a spot a bit far than usual…

Since the Northern wind had stop and the meteo was looking good the choice went to Fungwana an area 43 miles to the north of Maputo that is usually with very low viz but has plenty of fish.

Saturday arrived and as usual at 05:00 Am the boat was heading down the ramp for another adventure. With us was Ferdinando, an experienced fisherman, his grandson would be the skipper for the day and an invited guest, Benjamin Iglesias, a Spanish spearo and family friend, trying the African waters for the second time.

One hour and a half later we arrived, and after a few dives only Emiliano was managing to get some fish in those murky waters, so half an hour later we decided to check a spot in the area but a bit further out. It was long ago since we last went there so the expectations where great…

Arriving at the coordinates, Emiliano was first down, after went Benjamin…both scored Spanish Mackerel, and shortly after I was getting one too!
Dive after dive we all gazed at the beauty of the spot…a perfect vertical drop that started at 9 meters and went all the way down to 27 meters ending in the sand…fish all over, and good visibility…

…a couple of hours later I left the drop and went to the back side of the reef to check some scattered rocks laying on the bottom..Emiliano followed me…seeing some nice sized Slinger’s (type of local bream), I dive down and glide to the depth of 17 meters…I wait as the Slinger’s approach searching the area for something bigger…all the sudden coming slowly I see a shadow approach …I stop and wait…the Slinger’s are all around me, but my attention goes for that strange shape…some seconds later I can see it’s a Spangled Emperor, and a very nice one…it stops and turns away, I make some noises with my throat in order to attract him and it works..it turns back and comes a couple of meters more near me…I aim my gun a bit high for a long shot at the head…it stop’s and turns…I press the trigger and it’s a perfect shot!!!
...it drops dead right there…when I reach the surface, Emiliano congratulates me for the perfect shot and the whole scene he had just witnessed from above…has I pull the fish from the bottom and we see its real size, he just says:

“I think you just got a world record!”…we laugh for a while but in fact the question remained…

Back in Club Naval it was already late to get the scale so we phoned the guy from the fish shop to know if it was possible to do it there since it had the calibration seal and it was a certified scale, he was happy to help, and so we did. I called my wife to testify the weighting and another guy that works at the fishmonger served has secondary witness.
It weighted 5,812 Kg…I didn’t know what the actual record was but I had the idea it would be around 5,4kg…after taking some pictures and making a small video of the weighting, we left the fish at the shop in the freezer and headed home…

Looking at the IUSA website I see that the record is 5,700 Kg, very near to my fish…so I carefully read the Rules in the “WEIGHTS NEEDED TO DEFEAT OR TIE EXISTING RECORDS” and to my joy I only needed 56.69 Grams to get the record…it was awesome!!!!!!!!!!!!!
Another possible world record…I couldn’t believe it!!!!!!!!!!!
Monday we went back to the shop to make the required measurements of the fish, take the pictures of the scale and in Club Naval the one’s of the speargun…

It was a marvelous fish in a incredible place on a precious day…

Chegou o Inverno...

Desta feita o frio levou a melhor...



As águas frias estão finalmente aqui...e vieram para ficar...durante os proximos meses as imersões serão frias mas em boa companhia pois é tempo de baleias!!!

Este Domingo não foi um dia excepcional, pautou pela falta de peixe e visibilidade e sem duvida pela baixa de temperatura nas águas...a termoclina que estava a 12 metros há alguns dias ja não se faz sentir pois desceram cerca de tres graus em toda a coluna de água...

Mesmo assim ainda se caçaram alguns peixes, de salientar a presença ja assidua das Cobias que com a partida da maior parte das presas de fundo vêm agora alegrar as nossas caçadas mas a ausencia de Wahoos e Serras de bom porte no Azul entristecem um pouco o panorama...

Aqui ficam alguns dos peixes da caçada de ontem...

Um Serra tirado a 21, no Azul pelo Emiliano:



Par de Cobias tiradas no fundo, uma a 18 e a outra a 14:



Um excelente Xareu Rainha tirado pelo Emi em um dos varios navios afundados:



Uma dupla de discos pedidos, o Papagaio a pedido da minha esposa e a Enchada como já é tradiçao para o jantar do Francisco Jeito, o nosso skipper:



Mais um Xareu Rainha de optimo porte, no mesmo navio:




E a desilusão do dia, um Ignobilis na casa dos 35 a 40Kg que apesar de bem arpoado e quase no final da luta foi prontamente devorado pela Garoupa Gigante, um monstro com mais de 260kg que habita aquele destroço...sobrou este "recuerdo":



E assim se passou mais um Domingo no Indico africano...

Barred Rubberlip, world record submit story: (As told to Larry Carter)



"As usual the boat went on the water around 6 am… Emiliano, the boat owner, Francisco, our skipper, Dave, an invited guest and me…one hour later we were in the ledge before Danae reef, hopping for some Dog Tuna.

After a few dives, a Dog Tuna, an Emperor and some nice Whitebarred Rubberlips, we decided to go to the reef in search of some Red Snappers.

Arriving at the spot, the visibility was great as the fish could be seen right from the surface some 18 meters below. Emiliano and I went first, Dave stayed on board…after a few dives the Red Snappers weren’t collaborating so I decide to drift a bit far from the chosen spot, from the surface I could see some snappers down below, so I dive to intercept them…reaching the bottom they run away so I hide behind a rock in order to appeal to their curiosity, after one minute on the bottom and the fish reluctant to enter, I slowly swim from behind the rock, and a bit to my left I can see a huge Barred Rubberlip getting inside a small cave. I stop, turn slowly, and position myself on the side of the cave in order for the fish not to see me completely…I wait, already in my last seconds before I need to hit the surface…gun aimed at the entrance, finger on the trigger…slowly the Rubberlip comes out to take a look and as sonn as it shows its full head I shoot and hit him straight behind the eye, a kill shot…I leave the gun down and head for the surface…I call for the boat and make another dive to retrieve the fish and the gun…

On the boat we got curious about a world record for we had never shot a Rubberlip that big…

Later on the dock at Clube Naval they tell me the scale as well as the weight master where not available that Sunday so we took the fish to a fishmongers shop to see how much did it weight. It did 4,790 kg on that scale so I decided to keep it frozen in order to know what was the record.

At night, back home I could see there was no record and being so, I decided to apply for it. Three days later I unfroze the fish and took it to Clube Naval to be weighted in their certified scale, by the clube’s weight master. Gathered two random witnesses, present in the local at the time and proceeded with the weighting and measuring.

It tipped 7,4kg, 68,5 cm of length and 59,5 cm of girth."

Obrigado ao "Jeito", o nosso skipper, ao Dave Charley pela companhia e boa disposiçao, ao meu irmão de mar, Emiliano Finocchi pelo apoio e ajuda e ao Jorge na qualidade de representante do Clube Naval de Maputo por se ter disponibilizado para a pesagem!!!

PS: ...e á minha esposa por me aturar!!!

Sábado nos Baixos...

A manhã nasceu, com um Norte leve que a veio visitar e enquando visto o casaco de 3mm, vislumbro o azul claro destas águas de Inverno com a visão de uma baleia a saltar no horizonte anunciando a chegada de águas mais frias...

Sentado, aguardo com antecipaçao, ondulando com o barco á medida que este se afasta do ponto escolhido, preparando a deriva...os motores páram...é tempo de entrar na água...

...troco a cor suave do céu Africano, por um azul brilhante e vivo, com alma propria, profundo e limpido, prenuncio de pelagicos...

Estamos no Baixo St. Maria, um local mágico de visões inesqueciveis, repleto de memórias com tons fortes de emoção...por baixo tenho cerca de 60 metros de agua que lentemente sobem até aos 37 e depois abruptamente até aos 21, terminando no topo do Baixo num carrocel de cores e formas vivas tipicos deste tipo de recifes...

...o flasher desce até aos 18 metros e com a corrente que se faz sentir, os "duster's" e a amostra final nadam quase que naturalmente, dando-lhe um aspecto no minimo intrigante, atiçando a curiosidade áqueles que habitam a coluna de água...

Ventilo e desço...passados alguns metros sinto a termoclina e páro...estou a 16 metros é é altura para analisar o cenário que me rodeia...o fundo agora a cerca de 40 metros de mim é perceptivel e um pouco acima deste uma ou outra forma sem distinçao passam quase despercebidas, longe do alcance da minha visão, o flasher deriva a cerca de 10 metros de mim e um pouco abaixo...nada a assinalar...um olhar á retaguarda antes de subir, pois estou no reino do tigre e do martelo e inicio a subida calmamente...

...assim que atinjo a superficie, faço sinal e o Emi desce devagar...á meia agua junta-se-lhe um cardume de cavalas que por ali ficam buscando protecçao...apesar de tudo nem sinal de peixe...

Mais dois mergulhos a cada um e estamos em cima do Baixo...o Emi chama o barco e lá vamos nós, corrente acima preparar outra deriva...desta feita peço ao skipper que nos deixe a 300 metros do pinaculo para uma deriva mais longa na quota dos 60...

Entro na água...deixo o flasher desenrolar até ao fim do flurocarbon e ventilo, concentrando-me na amostra que balança algures lá bem em baixo...uma barbatana levanta enquando a outra se lhe junta, o corpo afunda e ao fim de uns quatro movimentos deixo-me simplesmente cair...deslizo até passar o flasher e começo a abrandar...nive-lo e já na horizontal sondo as redondezas...estou a 20 metros no meio do nada, no entanto sinto-me em casa, relaxado e em sintonia com aquele tom escuro que me deslumbra...no meio desta imensidao surge uma sombra, ainda tenue e um pouco abaixo...pelo nadar desinteresado e directo reconheço-lhe a forma e desço de imediato ao seu encontro...este vira e inicia a trajectoria tipica de fuga...nado o mais que posso para me colocar nas suas costas e ao alcance de tiro...assim que atinjo o ponto morto da sua visão á retaguarda este executa o movimento esperado e vira-se para me observar oferencendo o flanco...está longe a uns 6 ou 7 metros de mim e eu a 25 metros de fundo depois desta correria toda...é agora ou nunca...apondo, rodo ligeiramente o punho e disparo...de repente o carreto dispara freneticamente com aquele som tao caracteristico...inicio de imediato a subida...sempre com a mao na dyneema tentando travar um pouco a sua fuga...atinjo a superfice esgotadissimo e quando tranco o carreto já nem meio metro de dyneema tinha...arranca de novo e eu afundo de novo para nao o rasgar...de volta á superficie recupero os metros que posso até o peixe arrancar de novo...danço com ele durante um quarto de hora até chegar ao shooting line...finalmente vejo o tiro na barriga quase a rasgar, apanagio da distancia que o arpao percorreu até atingir o peixe...grito pelo Emi ao que este nao desaponta dobrando imediatamente com um tiro mortal na espinha...

Por fim a bordo e entre risadas e boa disposiçao observamos este Serra fruto de um bom trabalho de equipa desta dupla que cada vez mais caça em sintonia....





Já o sol ia alto em jeito de meio dia quando o vento parou...ora vamos para aqui...ora vamos para ali...ficou a coisa pelo meio termo e la se rumou ao Baixo Danae...

Agua limpa e reluzente que nem carro de reformado em Domingo de missa...de cima do Pompano até se via o navio e havia mesmo quem jurava a bordo ver os peixes la em baixo...findo o preguinho da bomba do Bruno e uma Coca-Cola a acompanhar para aconchegar a alma, era altura de decidir o plano de ataque...

"...é para os vermelhos!!!" dizia o Emi convicto, "...és um homem ou és um rato?"...eu nestas coisas de "vermelhos" já sei em que fica a historia, mas teimando em nao desapontar pego a 150 e lá vamos nós...

Após a barrigada de costas, a já tipica manobra de abordagem á agua, lá estamos nós lado a lado mirando o fundo...nem um, nem o outro...ninguem descia...sinal que o preguinho estava bom e a Cola ainda melhor...lol...

Decidido la desceu o Emi, qual cruzado Italaliano em terras de sarracenos, determinado a fazer juz á sua decisão e fazer baixas entre as hostes de Red Snapper's...antes de mais convem explicar que estes rapazes não são nada cooperantes, de facto estes bichos são má raça, de uma desconfiança tal que acho que nem ao pai ou á mãe se chegam, não acreditam no Pai Natal, são bravios comos os touros em Santarém, daqueles sem corantes nem conservantes, nem codigo de barras!!!

O rapaz lá desceu os ditos 18 metros...encontrou uma chapeleira onde se barricou que nem mexilhao agarrado á rocha em dia de maré viva e durante mais de um minuto e meio ninguem dali o tirou...voltou triste...muito triste...então fora fazer visita e nem um olá?...nem um para contar uma historia?...que falta de educaçao...de facto charme é coisa que defenitivamente não têm...

Vendo o caso mal parado encho a peitaça tipo peru, até não caber mais ar e desço decidido a dar guerra a estes Turcos...barricado no mesmo baluarte, lá os via a passear á minha frente, um após outro...aquilo parecia o Fashion TV em noite de passagem de lingerie da Victoria Secret...pura pornografia a estes olhos sedentes de sangue...era um maior que o outro...e eu ali, feito mirone a gozar o espetaculo...entrar nao entravam...mas lá que gozavam bem comigo...regressei com a mesma carinha que o Italiano...olha que dupla...um Tuga e um Fetuccini a levarem puro bilhete daquela cambada...enfim...

Foi meia hora disto, um apos outro e nada...farto da coisa decidi outra estrategia...a mesma dos dentudos la para os lados do Peão D. Fernando que isto de peixe africano a dar baile a caçador Luso não é para o filho da Filomena...afasto-me uns bons metros e desço atras das caldeiras...metro após metro la me fui aproximando...parei...estiquei o braço...mira feita e passei á tecnica do pombo...glu glu glu glu...aquilo é mortal para estes animais...talvez gostem de canja, nao sei, o que é certo é que entraram logo uns quantos na casa dos 3 a 4 kg...deixei passar...e andar ali á minha volta...esperei...esperei e la vieram uns jackpots...o maiorzito virou e fez-se de rogado...se calhar é mais tipo para faisão, com gosto refinado...mesma sorte nao teve o segundo que ao entrar dentro da zona dos 5 metros não tardou em sentir o vil metal...zás tiro a meio...agarrar a dyneema com unhas e dentes...ele para um lado...eu para o outro...ganhou o Portugues e la veio este magnifico quebra cabeças que tanto gosto nos dá caçar fazer companhia á malta a bordo do Pompano!!!



Em jeito de visita de médico ainda deu para fazer o gosto ao dedo e ferrar uma dourada junto da torre do farol afundado...




Mas o dia nao terminou sem um pouco de Fetuccini al Dente...Nastro Azzuro no seu melhor, a ventilar que nem ar condicionado em noites de calor Alentejano, arranca para o fundo passando pelos ferros do Cockburn como um verdadeiro ninja Italiano...eu nem queria acreditar...uma perfeiçao...o peixe do outro lado, ocupado nas suas lides, nem o viu chegar..teve tempo de olhar para ele...escolher onde o ferrar e pimba...ferro no lombo..."nao tusguiu nem musguiu" ficou logo ali...uma magnifica Bicuda, digna de recorde...Emiliano em alto estilo...




Assim foi mais um dia de caça na companhia do Emiliano por terras de Moçambique...